Monday, April 28, 2008

Portadores do Porder - O Livro e a Foice (IV)

- MAS EU VI! ELE VAI NOS MATAR! - O homem parecia desesperado. Seu nome era Nosiv. Ele era um dos anciãos de Tenan, realmente velho para um ser humano: 110 anos. Ele era cego, porém muito influente por causa de suas visões. Certa feita, ele previu a chegada dos povos bárbaros vindos do Oceano. Conta-se que ele nasceu cego e mais tarde desenvolveu o dom de visões, através de estudos do conhecimento dos Antigos.
- Acalme-se homem! Quem você viu? - Era Eptaros,o pai de Ganien, que falava, ao mesmo tempo, com uma voz calma e impetuosa.
- Eu não sei quem era. Não consegui ver o rosto direito. - Nosiv fala desesperadamente - Mas uma coisa eu sei, era parte do Mal.
Agora foi a vez das pessoas em volta começarem a ficar assustadas. O Mal era como chamavam-se aquele grupo de Antigos que se rebelaram e tentaram assumir o poder.
- Mas isso é impossível! Eles já se foram há muito! - falou uma elfa.
- Isso mesmo! Eles foram destruídos pelos Antigos na Grande Guerra, nós sabemos! Está tudo escrito nas ruínas! - concordou outro homem.
Quando ouviu a palavra "ruínas", Ganien, que já houvera entrado na sala despercebidamente, ficou mais atento. No meio de tantas pessoas preocupadas, a sala de estar parecia um pequenos cômodo e todos estavam aflitos demais para notar um simples elfo escondido no canto da sala. E o barulho de vozes só aumentava.
- Sábios de Tenan! - falou a voz majestosa de Sofia - Não é hora para entrar em desespero. É hora de sentarmos, refletirmos e ouvir o que Nosiv ainda tem para nos dizer.
Nesse ponto, Nosiv já houvera acalmado-se um pouco, mas suas mãos trêmulas não negavam seu real estado de espírito:
- Eu não sei quem era. Tampouco sei do que ele é capaz. Mas existia nele a aura do Mal. Eu o vi dentro de uma caverna, estava conversando com outro ser que não pude ver. Ele estava de costas e coberto com um capuz. Porém o que... - E Nosiv tremeu só de pensar nisso - ... o que mais me assustou é que ele parou de falar e começou a olhar em volta. Como se soubesse que estava sendp observado. - A voz de Nosiv tremulava.
- Sábios, - era Eptaros quem falava, dirigindo-se a todos os presentes - é hora de pensarmos. Antes de mais nada, devemos confimar a localização desse ser do Mal. Isso pode ser uma grande ameaça se ele realmente estiver nas montanhas. E não espalhem essa notícia até termos certeza de tudo. Entendido?
Todos murmuraram que sim e concordaram com um meneio da cabeça. E Nosiv falou:
- É hora de pesquisarmos nos Escritos, para ver se há algum registro de algum ser do Mal que tenha escapado antes, e se isso ocorreu, do que ele seria capaz.
Todos concordaram novamente e aos poucos foram retirando-se. Todos pensativos e preocupados com os acontecimentos que haveriam de vir. E, aos poucos, Ganien foi ficando mais "notável". Quem saía da sala não podia vê-lo, mas exatamente do ponto onde seus pais estavam, ele era totalmente visível.
Quando sua mãe o viu, disparou na sua direção pegando-o pelo braço:
- Ganien! O que você está fazendo aqui? O que você viu? - ela falou num tom imperativo.
Os olhos de Ganien revelavam tudo: havia um brilho nos seus olhos, ele estava cansado daquela cidade entediante! Finalmente teria sua aventura!
- Eu ouvi tudo minha mãe - Ele disse - As visões de Nosiv, o ser do Mal, as Ruínas, os Escritos, tudo. - E ele logo emendou - Mas não se preocupe. Não vou falar nada a ninguém.
O pai de Ganien aproximou-se calmamente:
- Solte-o querida, deixe que eu converso com ele.
Ela o soltou:
- Querido, tome cuidado com o que vai dizer. Existem coisas que ele ainda não está preparado para ouvir - ela falou a ele num sussuro. E, voltando à voz normal disse: - Eu vou para a Biblioteca pesquisar sobre o Mal. - E retira-se da sala.
O pai de Ganien senta-se numa poltrona e chama o filho para sentar-se noutra próxima. (Nessa altura, a mobília da sala estava toda bagunçada, mas geralmente havia cinco poltonas com uma mesinha no centro. Haviam estantes com livros e um sofá enconstado num canto. A sala era razoavelmente grande) e fala:
- Filho, eu...
Mas Ganien o interrompe, dizendo:
- Meu pai, sei o que vai falar. Sei que você acha que não estou pronto para lutar, que não sei como. Mas eu sei! Eu quero isso! Estou cansado dessa cidade.
O pai encara-o com pena. Ele lembra de quando ele próprio era jovem e tinha essa mesma impetuosidade, E pensava: "Infelizmente, acho que ele vai ter que aprender da pior maneira."
- Filho, há uma profecia. - Ganien agora ouve atentamente e seu pai continua - Essa profecia estava há muito esquecida. Porque poucos achavam que um dia ela viria a se cumprir. Ela dizia que, um dia, um do Mal despertaria e traria grande temor sobre Efroden. Ele viria pelas montanhas, na procura de seu cetro. E assim poderia liberar todo os eu poder e até mesmo chamar outro do Mal. O problema, é que, dessa profecia, só tem-se o começo. A solução para esse problema não foi encontrada, porque a parte das Ruínas que contava, foi destruída.
Ganien não perdia uma palavra. A voz de seu pai denotava um severidade muito grande.
- Mas meu pai, por que você está me contando isso? - Ganien não entedia porque seu pai contaria algo dessa magnitude para ele.
- Filho, o que quero fazer, é prepará-lo para as coisas que estão por vir. Por isso é que vou precisar de você aqui por perto.
- Não pai! - Ganien estava contrariado - Mas por quê? Eu deveria ir treinar para esse conflitos e me preparar. Não ficar aqui estudando!
- Filho, entenda. Lembre-se de que a sabedoria é a força mais poderosa que existe.
- Meu pai, eu me recuso a ouvir isso! Sinto muito. - Ele já foi levatando-se.
-Mas, filho...
E Ganien sai de sua casa em direção aos Jardins. O olhar de seu pai o acompanhava. Seu pai sabia que não adiantaria usar sua autoridade, porque Ganien não o escutaria. Ele temia pelo futuro de seu filho...

Thursday, March 13, 2008

Manifesto

Carta aos companheiros da América do Sul,

Boa Vista, 13 de Março de 2008, Roraima - Brasil


Meus caros,
Talvez eu não seja ninguém. Eu não sou ninguém muito importante. Mas estou aqui para falar o que está acontecendo.
Há alguns entre nós (sim, falo de nosso continente), que ousam dizer que devemos apoiar e ajudar as FARC. Ainda existem aqueles que nem sequer as reconhecem como um grande problema.
Isso é totalmente inadmissível.
Primeiro, falo aos meus irmãos brasileiros.
Meus amigos, povo de caráter, povo de luta, povo guerreiro! Acorda! Não deixem que seus olhos sejam cobertos por falcatruas ou meras suposições. Abram seus olhos!
As FARC podem parecer um problema distante para vocês. Mas para mim (que moro razoavelmente perto da região), isso é algo com que devemos nos preocupar.
Recentemente, o senhor Marco Aurélio Garcia (assessor da Presidência, ou seja, falando em nome do nosso país), disse que o Brasil não classifica as FARC como grupo terrorista, mas as considera numa posição neutra e ainda exigiu maiores desculpas bolivianas pela invasão.
Tal invasão que tirou do caminho o número 2 das FARC (Raúl Reyes), um dos maiores assassinos e terroristas, e ainda foram encontradas no seus laptop documentos que mostram o envolvimento das FARC com a Venezuela.
Meus irmãos brasileiros! Não podemos deixar tal imagem se espalhar. As FARC não são um grupo terrorista simplesmente porque estão numa lista. O são por causa de todas as atrocidades que tem feito, não só contra nossos irmãos colombianos, mas contra todo o nosso continente.
Acordem meus amigos! Como podemos aceitar o fato de que o Brasil tem dito ser amigo dos narcotraficantes? Porque é exatamente essa imagem que, unindo-se ao comunismo desvairado de Chávez, o temos passado.
Não podemos deixar que isso aconteça! Como podemos sequer cogitar que as FARC não sejam terroristas e sim “guerrilheiros”?!

Agora falo aos meus irmãos da América do Sul,
América do Sul, essa é a hora, uni-vos, essa é a hora de nos unirmos contra um inimigo em comum. Sim, inimigos! É isso que eles são!
Povo boliviano, seja forte, peço a Deus que em breve chegue o dia onde serão resgatados de toda essa crueldade. Onde poderão rever seus familiares, onde poderão se lembrar do que é ter paz.
Irmãos vizinhos, talvez nunca na nossa história tivéssemos uma situação como essa. Não percamos mais tempo! Vamos nos unir! Pode parecer que esse não seja um assunto de tanta importância, mas é.
Irmãos venezuelanos que ainda estão acordados, resistam! Em breve chegará sua liberdade também. Cuidem para que Chávez não domine as mentes de suas crianças. Resistam, pois em breve (tenho fé nisso) seus irmãos da América do Sul irão ao seu auxílio.
Meus irmãos da América do Sul, cuidado! Talvez, quando resolvam dar importância a esse assunto, já seja tarde demais. Não permitamos que, no nosso meio, estejam terroristas, narcotraficantes, assassinos, seqüestradores. Essa organização não é algo bom. E nem se tornará. Temos de nos unir, e tirar de vez essa mancha no nosso continente! É hora.
Como já disse, as FARC não são um grupo terrorista simplesmente porque estão numa lista, e sim por causa de todas as atrocidades que têm feito contra nossa terra.
Irmãos, não ignorem o que acabaram de ler. Ignorem quem o escreveu, sim! Mas não ignorem a situação para a qual caminha nossa terra. Não! Acordai!
Eu sou só alguém que quer o bem da nossa terra. Sou alguém que é contra as FARC. Sou alguém que acredita na união de irmãos contra o perigo. Sou só alguém que está preocupado com seus irmãos.
Esse é o meu manifesto.

Saturday, March 1, 2008

Portadores do Porder - O Livro e a Foice (II)

Ganien era filho dos mais importantes sábios da Cidadela de Tenan. A Cidadela de Tenan, se encontrava numa cadeia de montanhas conhecida como Cordilheira Tellus, a cordilheira ficava no ponto mais ao norte da ilha de Efroden.
O surgimento da ilha permanece sendo um mistério para todos os seus habitantes. É difícil saber como ela poderia ter se formado. Ao Norte a ilha conta com uma vasta cadeia de montanhas, conhecida como Ecarós. Entre as principais cadeias está a Cordilheira Tellus, essas montanhas também são conhecidas por abrigar a Cidadela de Tenan, que é onde se encontram os mais poderosos sábios e magos de toda a região. Além do mais, é dessa cadeia de montanhas que sai o maior e mais importante rio para a economia e para o transporte de Efroden, o rio Brachi. Esse rio, embora não seja muito profundo é fonte de vários mistérios, pois até hoje só se sabe que a nascente do rio se dá em algum lugar das cadeias subterrâneas de Ecarós, porém ninguém sabe com exatidão.
E Ecarós também é conhecido por suas vastas cadeis subterrâneas de cavernas misteriosas que, segundo contam as lendas, seriam as cavernas onde habitaram os Antigos.
Os Antigos foram um povo muito avançado, muito antes até mesmo da ocupação élfica. Diz-se que eles eram muito poderosos, porém, a disputa entre os membros de sua raça culminou numa grande guerra, onde a maioria deles morreu, e os que restaram partiram da ilha, em busca de uma nova vida.
Porém, o poder deles é tão forte, que até hoje se encontra vida em suas cavernas, muitos tesouros deixados por eles, fontes de sabedoria e riqueza, além, claro, de muitos guardiões para esses tesouros... E é nisso que se concentram os sábios da Cidadela de Tenan.
Até então, a vida da maioria dos moradores da Cidadela tinha se dedicado ao complexo estudo teórico da magia em si. Mas nos últimos tempos, muitas pessoas estão querendo se aventurar além dos portões seguros da Cidadela. É o caso de Ganien...

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Ganien Yun, sendo filho dos mais importantes sábios da Cidadela, Eptaros e Sofia, foi criado para ser um grande intelectual, desde pequeno foi educado nas melhores escolas, tendo seus pais como professores.
Mas Ganien sempre foi um garoto impetuoso, por muitas vezes não tendo paciência em ler livros e estudos sobre magia, querendo logo partir para a prática, e, por isso, foi muitas vezes castigado pelos pais.
Na Cidadela, é comum que os filhos dos sábios, freqüentem a Academia, que é o lugar onde as mais variadas artes (mágicas ou não) são ensinadas. A Academia, na verdade, é o centro intelectual de Efroden. A Academia é um complexo totalmente baseado em enigmas e magias. O prédio em si é parecido com uma grande casa de dois andares, com muitos quartos e um grande jardim atrás. Porém, para qualquer freqüentador, não é necessário muito tempo para entender que a Academia é muito mais do que isso. Abriga salas de aula, onde (teoricamente) seria uma sala do tamanho de um pequeno armário. Diz-se até que a Academia tem salas de todos os tipos: salas feitas no nada, ou então que são uma imensa floresta, alguns até ousam afirmar que algumas das portas vão dar em diferentes partes de Efroden, bastaria dizer as palavras mágicas certas. Porém isso permanece um mistério. Seu fundador, Caeles Kon, fundou a Academia logo no começo da ocupação humana em Ecarós, e é dito que ele foi o último dos Antigos, ou seja, segundo é dito, ele ficou, fez a Academia e depois partiu, deixando um pouco de conhecimento para as novas raças. E, de fato, essa teoria é quase que totalmente aceita, pois não se conhece nem se teve notícia de algum ser (humano ou elfo) com capacidade tão grande para construir a Academia.
Porém, esse era mais um dia entediante para Ganien, até porque, ele não gostava muito de ter aulas. Em geral, ele só prestava um pouco de atenção enquanto o professor falava e depois o ignorava totalmente, viajando em seus pensamentos. Nesse dia, depois do término das aulas, Ganien foi falar com Ronan, seu antigo companheiro de peripécias. Ronan era um rapaz muito esforçado, geralmente arrastado por Ganien em suas aventuras. Ele também sempre foi muito estudioso. Era comum encontrá-lo em qualquer hora do dia com um livro. E, em especial, nesse dia, ele foi Ganien foi falar com ele:
- Tenho uma novidade pra te contar. - ele disse num quase sussurro.
Ronan sabia que essa era mais uma das idéias de Ganien que pareciam ser perigosas, mas ele não resistia:
- Como assim? Não é nada muito perigoso certo?
- Não se preocupe, preciso que me encontre nos Jardins à noite.
- Mas o que é?
- Não se preocupe, me encontre lá! Tenho que ir!
- Mas eu...
E Ronan ficou na dúvida, mas ele sabia que não conseguiria resistir.
Ganien, foi em direção a sua casa. Sua casa era numa grande colina, tinha dois andares, era razoavelmente grande, com um pequenos jardim nos fundos, tinha também dois criados humanos. Aliás, Ganien e seus pais eram elfos.
Na Cidadela, elfos e humanos eram as duas raças mais comuns, com alguns poucos representantes de outras raças como seres dos rios conhecidos como Nagas.
Mas Ganien era um elfo, tinha olhos negros (algo muito raro entre elfos) e cabelos verdes, o que era bem comum na região. Seu pai, Eptaros, era um elfo alto, com longos cabelos louros e olhos amarelos. Sua mãe, sempre foi uma elfa esbelta e um pouco alta até mesmo para sua raça, sempre lembrada por seu olhar penetrante, com seus incríveis olhos de cor roxa e cabelos que ninguém sabe qual a verdadeira cor, pois ela sempre os muda com sua magia.
Porém, Ganien se dirige a sua casa, e, no caminho, vê várias outras pessoas chegando em sua casa também.
"Deve ser mais uma reunião" ele pensa com tristeza. Essas reuniões sempre iam até muito tarde e ele não tinha tempo para ficar com os pais.
Mas, logo que chegou em casa notou que havia um certo clima de tensão no ar, e que havia mais gente do que o normal. Logo que ele entra na sala abarrotada de gente, ouve um grito:
- MAS EU VI! ELE VAI NOS MATAR!

Friday, February 22, 2008

Portadores do Poder - I

- Calma companheiro! Ainda temos muito pela frente! Esse foi só o começo!
- Impossível! Eles são muitos... E metade de nós já morreu!
- Mas...
- Não se preocupe... - diz, enquanto ajuda seu amigo a se levantar. Já de pé, ambos olham ao redor, e se deparam com a visão de seus amigos estirados no chão. Esse é mais um campo de batalha...
O que se levantou pega sua espada ensangüentada e grita:
- Firram!
E nesse momento, do céu, como em um relâmpago, desce uma figura de um cavalo alado, só que esse cavalo era totalmente de fogo, seus olhos brilhavam como pedras de rubi, seu dorso selado era como vidro esverdeado pelas pedras de jaspe. E a figura paira durante alguns poucos segundos no céu nublado. E some...
Logo após a estranha aparição, aquele que a invocou, cai de joelhos, se apoiando em sua própria espada. Sangue escorre do seu nariz, e há cortes por todo o seu corpo. Porém o que ajudou seu amigo a se levantar perde todos os seus ferimentos na mesma hora. Olhando ao redor, o mesmo percebe que os remanescentes da sua tropa que ainda estavam vivos, se levantam vagarosamente, todos curados.
- Obigado meu amigo, agora descanse...
- Não se preocupe comigo, estou bem - Ele se levanta, sempre se apoiando na espada, olha ao redor e dá um pequeno sorriso de satisfação.
Enquanto isso, os homens se aproximam dos dois que lá já estavam. No total, contam-se agora 8 homens. Um deles porta a Espada, outro o Arco, outro o Amuleto, outro o Cajado, outro a Foice, outro o Livro, outro o Bracelete, outro a Lança.
Juntos, eles olham para os seus companheiros mortos, lembrando de quão devastadora pode ser uma guerra. E lembram-se das famílias deles.
- Devemos recuar. Senão vamos todos morrer e nada disso terá valido a pena.
Os outros ficam em silêncio.
Logo, o que falou começa a andar na direção da floresta. E, um por um, os outros o seguem, todos pensando nas perdas e pensando no que fariam a seguir, pensando em como essa guerra haveria de terminar...
Ou ainda... Se haveria de terminar...

Sunday, February 17, 2008

Será que pode...?

Talvez o que eu vá dizer aqui não seja lá muita novidade, ou talvez você (ou vocês) leitor(es) estejam aqui por mera casualidade ou por falta do que fazer. Mas não creio que estejam muito interessados no que tenho a dizer. Pois, no final das contas, talvez eu não queira dizer nada mesmo.
Pelo menos não explicitamente. Quero fazê-los pensar. E pensar e pensar...

Mas sei que não sei. E sei que não sei se posso. É complicado falar.
("Se eu disse que você não entendeu é porque não entendeu, só acha que entendeu, entendeu?")

Não posso afimar com todas as letras que sei o que é amor. Por que é um sentimento grandioso demais para a minha humilde e lenta mente humana. É um sentimento sublime demais para ser entendido. Mas que, felizmente, pode ser sentido.

Não sei muito (talvez até saiba, mas não sei explicar), sei que não acaba! Sim... Disso eu sei...
Se acabou, então não era amor, era "paixão". O que?! Achas que não tem diferença? Estás brincando! Eles são muito diferentes!

Talvez eu não seja a pessoa mais indicada (por falta de capacitação e experiência) para falar mais detalhadamente sobre o assunto. Mas creio que o leitor pode ver por si próprio que o que falo aqui não é mentira. Sabe que já teve várias paixões mas nenhum amor.

Sempre digo: "Várias já me balançaram, mas só uma me derrubou"
E é assim que separo as duas coisas.


Mas, é muita ousadia da minha parte falar sobre isso!
Será que posso?
É muita audácia mesmo!
Ignore isso leitor!

Talvez eu seja só um louco que acha que sabe do que está falando,
Ou talvez seja um louco que relamente sabe do que está falando!

Não sei... Quem sabe...
Quem sabe...

Deus sabe...


E você? Será que pode saber?
Cabe a Ele decidir...


(Será que pode? Será que quer?)

Thursday, February 14, 2008

É poesia...

Respire fundo...
Deixe a música entrar pelos seus ouvidos... Tocar sua alma... Percorrer seu corpo... E explodir no seu coração...
Respire fundo...

Sim...

E seja nada mais nada menos do que você...
Esteja pronto para as coisas que ainda hão de vir, pois muitas virão...
Ame...
Ame...

Ah...
Quem dera eu pudesse...
Sim...
Quem dera...

Seres humanos...
Sentimentos...
Respire fundo...

"Mas o que acontece? Beija-flor, onde está a mais bela flor do meu jardim?"

É...
Sinta a música...
Respire fundo...

[É poesia... É música...]

Não se preocupe,
O amanhã não pertence a você,
Pertence a Deus,
E a Ele somente...


Respire fundo...
Deixe a música levar você...
Sim...


[É música... É poesia...]
{Poesia musical, Música poética, a Poesia da Música, a Música da Poesia...}


Respire fundo...


[É poesia... É poesia...]

Monday, February 11, 2008

Rascunhos (página 2)

(Certo, dessa vez estou inspirado e vou acertar! Vamos lá!)
"Era uma noite fria e tranquila. (Agora sim!!) Uma noite onde nem a coruja ousava sair do seu esconderijo, pois algo de estranho estava no ar... Uma lua quarto crescente (por que sempre colocam "lua cheia"?! Vou mudar isso!) brilhava parcialmente no céu enevoado. (Belo vocabulário!) Os campos estavam escuros, sendo portanto, uma boa oportunidade para que alguns predadores que enxergam bem saíssem para caçar. A névoa está densa, um homem caminha por uma rodovia abandonada há muito e esquecida pelo tempo. O homem vaga na noite fria, coberto apenas por trapos imundos e rasgados. Via-se claramente sua barba longa tremulando devido ao frio intenso... (Realmente muito bom!! Vamos lá!).
Esse homem mal sabe o que se passa a sua volta, na verdade, ele nem sequer liga muito. Está mais preocupado com sua própria sobrevivência. Mas não é nesse homem que devemos nos ater, por que bem acima dele paira um pássaro. Um pássaro de asas longas, com suas penas prateadas brilhando ao pobre luar...

(Certo, certo... Devo confessar que esse aqui até que não ficou tão ruim. Talvez eu ainda termine essa história!)













(Página dobrada e guardada com cuidado, porém com grande probabilidade de ser perdida e/ou esquecida)

Friday, February 1, 2008

[Últimas Notícias]

"Boa Noite,
Interrompemos sua programação para mostrar ao vivo o assalto na Rua Perigo. {Mãe, vem ver essa! Tem mais um!} (Imagens aparecem de um mercadinho). Nesse momento, os assaltantes mantém algumas pessoas como reféns, dentre elas 5 crianças. {Que horror!} O interessante de se ver nesse assalto, é que a Rua Perigo era uma das ruas mais tranqüilas da nossa cidade, o que prova que a violência tem aumentado muito nos últimos tempos.
(Barulhos de tiros são ouvidos)
Opa! No momento parecem que há tiros no local, e que vêm de dentro do mercado. Ah! Estamos aqui com o nosso candidato à Presidência {Claro! Ano eleitoral! Não perdem oportunidades...}, o senhor Astcor Rupto. {Ah! Gosto desse deputado!} {Como assim mãe?! Esse cara já foi pego roubando!} {Mas ele já mudou meu filho...}{Claaaaro que sim...} 'Bem... É um caso triste de se ver, e, infelizmente, é o que mais cresce nesse país. Como vemos, o Rio está à beira de uma guerra civil!'. Ah... Mas o que o senhor nos diz sobre...
(Mais tiros)
Senhoras e senhores parece que agora a polícia está tentando dialogar com um dos assaltantes.
(A cena: um homem fardado aproxima-se do prédio, a câmera foca nele, ele grita algumas palavras e é respondido com outra salva de tiros, logo em seguida ele sai correndo...)
Então... Como dizia, o que o senhor tem a nos dizer sobre a destruição que tem sido feita na Amazônia? 'Ah! Creio que essa não seja uma questão de prioridade máxima. Claro que darei atenção à ela, mas no momento, minhas prioridades são outras...' Como o que? 'Bem, no meu governo, pretendo...' {Mãe, pra mim já basta! Eles não estão narrando o que está acontecendo! Só estão dando lugar para um político falar!} {Deixa de besteira meu filho! Senão quiser assistir não assista!} {Ótimo! Ah... mãa, onde está o papai?} {Não sei meu filho, ele disse que ia no mercado e já já ele voltava...}




Frio na barriga e no coração..."







[Trriiimm...Trriiimm...]
{Alô.}
{Alô, aqui é da Polícia Civíl, será que posso falar com a dona Efigênia?}
{Um momentinho... Mãe, é pra você!}
{Alô?}
{Dona Efigênia?}
{Sim, é ela mesma!}
{Estou ligando para lhe informar que...}













O que vale mais?
Quem vale mais?
Até quando?
De quem é a missão?








...?
...?
...
...

Tuesday, January 29, 2008

Rascunhos (página 1)

"Era uma vez..." (Não não não! Esse negoço de era uma vez já tá muito manjado, deixa eu tentar outra coisa...)
"Certa vez, há muito tempo atrás..." (É, tá melhorando...)
"...Em uma terra distante..." (Ah! Calma aí! Por que em uma "terra distante"?! Por que não "na sua cidade" ou "no seu bairro"?)
"Na sua escola..." (É! Bem melhor...)
"... Havia um certo homem..." (Tá! Pode ser...)
"Que todos os dias ia..." (E agora?! Ia o que?! Ele ia estudar?! Trabalhar?! Calma... tenho que me concentrar!)
"...Ia vender sorvete..." (Poxa! Vender sorvete?! Não tinha algo melhor?)
"...Num desses dias..." (Calma aí... Ah, deixa pra lá...)
(Tá, agora deixa eu ver como ficou até agora...)
"Certa vez, há muito tempo atrás, em uma terra distante, na sua escola..." (Mas como??!!! Seu estúpido! Como pode ser uma "terra distante" e ser "na sua escola"??!! Que burrice!! Argh! Deixa pra lá, outro dia eu escrevo essa história!)






{Página amassada e jogada na cesta de lixo mais próxima...}

Monday, January 28, 2008

Saudade...

Saudade...
Saudade é saber que tudo que você precisa está longe demais para se ver...
Saudade é ver tudo da sua infância passar...
Saudade é querer ter o que não se pode ver...
É ver aquilo que se quer onde não se vai passar...

Mas nem isso é saudade,
É como um nascer do sol na praia,
É como perder uma velha amizade,
Pode até ser também um por-do-sol na praia...

Se isso chegar a ser saudade, momentaneamente,
Verás então que não se passa de algo inexplicável,
Será algo simples, e, mesmo assim, simplesmente,
Imensurável...

Inantigível,
Intocável,
Tangível,
Ável...

Saudade é quando a distância atrapalha,
É quando barreiras são colocadas,
É quando vemos que mesmo com alguma falha,
Somos pessoas olhando a rua em cima de uma sacada...

E pensando...
E pensando...
E pensando...
Sim...

Saudade...

Sunday, January 27, 2008

Novidades?

Notoriamente...
Sim,
Calma e tranquilamente...
Escrever com coração, para tentar usar a razão...

Ora meus caros,
Deixe-me contar-lhes um história, vou tentar me ater aos fatos...
Bem...

"Tudo começa quando na pequena cidade de Esparadrapo. Uma pequena e pacata cidade, pouco visitada, sem muitas atrações... Só mais uma cidade, um pequeno aglomerado de pessoas, enfim, um cidadezinha.
Acontece que, como em muitos pequenos povoados, há uma pracinha, que é o centro da cidade. Ao redor dela estão os principais comércios e as principais casa, além de ser o local de todas as comemorações.
Ela tinha um prefeito: Seu Caneta. Era amigos de todos na cidade, na verdade, seu pai (Seu Pena) foi o fundador. Ele viveu e administrou muito bem a pequena cidade, até que morreu.
E no seu lugar, veio um prefeito de fora: Seu Investimento Estrangeiro, mas ele gostava de ser chamado de 'Progresso'.
Então, Seu Progresso começa a mudar a cidade, traz indústrias, traz barulho e muda o padrão de comportamento da pequena cidade: os pequenos comércios se tornam grandes empresas, com várias sedes em vários pontos da cidade numa busca constante e crescente por dinheiro.
A praça central tornou-se só mais uma praça, pois a cidade cresceu. Pessoas de foram vinham e colocavam ali seus costumes e tradições, e, aos poucos, a pequena cidade foi se transformando...
Há muito que não passo por lá, recebo essas notícias de amigos de longa data que ainda habitam por aquelas bandas. Uns dizem que foi uma grande melhora, outros, que foi uma perda de valores...
Bem... Eu não sei... Tenho minhas dúvidas...
Aliás, o prefeito organizou um plebiscito: quer mudar o nome da cidade de 'Esparadrapo' para 'Band-Aid'.
'É para trazer mais impacto e modernidade a essa megalópole!', diz um entusiasmado Prefeito...
E as pesquisas ainda indicam que... Bem... Prefiro não opinar, só sei que... Bem, certas horas, acho que simplesmente prefiro não saber..."


Não meus caros. Não é o fim. (Começo? Quem sabe... E quem não sabe...)

Friday, January 25, 2008

Sol menor

Se tocar um ré juntamente de um sol somado a um si bemol, teremos o acorde de sol menor.
Mas antes mesmo de ser um acorde, é um tom. E um tom amplamente usado devemos confessar. Mas... como pode o Brasil pensar em música, quando tem que pensar no que vai dar de comer aos seus filhos, ou pagar dívidas. Se ainda existem tantos problemas...
Não é somente triste pensar nisso, é revoltante! Já disse o filósofo Olavo de Carvalho: "A educação nacional, hoje em dia, só se distingue do crime organizado porque o crime é organizado." E, senhoras e senhores, é uma estúpida realidade.
Falo isso porque o Brasil tem capacidade para ser algo que nem sequer imagina. Vou falar de um campo que eu entendo: música.
Certa feita, conversava eu com um maestro venezuelano e ele me confessou: "O povo brasileiro, realmente tem talento. Aqui, a pessoa ouve a música uma vez e já sai cantando junto no tom certo e fazendo arranjos vocais.". Meus caros, ouvir isso de alguém que está na música desde criança e que já viajou vários países para se especializar é algo bem erspecial.
MPB, chorinhos, sambas e sambas, (saudoso Villa-Lobos...), sabe... no dia em que a música brasileira se tornar uma verdadeira música de expressão, então soará um melodia que não será mais esquecida.
Na atual orquestra, não se consegue serguir tom algum, porque embora muitos tentem ler a partitura, a grande maioria toca o que quer e pior, do jeito que quer! O mais triste é que, ao que tudo indica, o maestro também faz o que quer e do jeito que quer, enquanto deveria colocar ordem e fazer com que todos tocassem juntos. Vez ou outra acontece de alguns membros se juntarem para tocar um trio ou quarteto, aí a harmonia fica bonita!
Porém no meio de toda essa barulheira, onde parece que vai ficar por isso mesmo, há outra personagem: a platéia! Ora, não existe orquestra que não se apresente, ou que não queira ser vista, aliás, muitas vezes, a platéia é quem move a orquestra, em toda sua animação. Porém, se a platéia não liga para a orquestra, poucos músicos se esforçarão para tocar algo de qualidade.
Sim meus caros, cabe a platéia dizer quando a música está desafinada e exigir através de seus mais diversos protestos.
Só mais uma coisa: ré sol si(bemol)...