Tuesday, January 29, 2008

Rascunhos (página 1)

"Era uma vez..." (Não não não! Esse negoço de era uma vez já tá muito manjado, deixa eu tentar outra coisa...)
"Certa vez, há muito tempo atrás..." (É, tá melhorando...)
"...Em uma terra distante..." (Ah! Calma aí! Por que em uma "terra distante"?! Por que não "na sua cidade" ou "no seu bairro"?)
"Na sua escola..." (É! Bem melhor...)
"... Havia um certo homem..." (Tá! Pode ser...)
"Que todos os dias ia..." (E agora?! Ia o que?! Ele ia estudar?! Trabalhar?! Calma... tenho que me concentrar!)
"...Ia vender sorvete..." (Poxa! Vender sorvete?! Não tinha algo melhor?)
"...Num desses dias..." (Calma aí... Ah, deixa pra lá...)
(Tá, agora deixa eu ver como ficou até agora...)
"Certa vez, há muito tempo atrás, em uma terra distante, na sua escola..." (Mas como??!!! Seu estúpido! Como pode ser uma "terra distante" e ser "na sua escola"??!! Que burrice!! Argh! Deixa pra lá, outro dia eu escrevo essa história!)






{Página amassada e jogada na cesta de lixo mais próxima...}

Monday, January 28, 2008

Saudade...

Saudade...
Saudade é saber que tudo que você precisa está longe demais para se ver...
Saudade é ver tudo da sua infância passar...
Saudade é querer ter o que não se pode ver...
É ver aquilo que se quer onde não se vai passar...

Mas nem isso é saudade,
É como um nascer do sol na praia,
É como perder uma velha amizade,
Pode até ser também um por-do-sol na praia...

Se isso chegar a ser saudade, momentaneamente,
Verás então que não se passa de algo inexplicável,
Será algo simples, e, mesmo assim, simplesmente,
Imensurável...

Inantigível,
Intocável,
Tangível,
Ável...

Saudade é quando a distância atrapalha,
É quando barreiras são colocadas,
É quando vemos que mesmo com alguma falha,
Somos pessoas olhando a rua em cima de uma sacada...

E pensando...
E pensando...
E pensando...
Sim...

Saudade...

Sunday, January 27, 2008

Novidades?

Notoriamente...
Sim,
Calma e tranquilamente...
Escrever com coração, para tentar usar a razão...

Ora meus caros,
Deixe-me contar-lhes um história, vou tentar me ater aos fatos...
Bem...

"Tudo começa quando na pequena cidade de Esparadrapo. Uma pequena e pacata cidade, pouco visitada, sem muitas atrações... Só mais uma cidade, um pequeno aglomerado de pessoas, enfim, um cidadezinha.
Acontece que, como em muitos pequenos povoados, há uma pracinha, que é o centro da cidade. Ao redor dela estão os principais comércios e as principais casa, além de ser o local de todas as comemorações.
Ela tinha um prefeito: Seu Caneta. Era amigos de todos na cidade, na verdade, seu pai (Seu Pena) foi o fundador. Ele viveu e administrou muito bem a pequena cidade, até que morreu.
E no seu lugar, veio um prefeito de fora: Seu Investimento Estrangeiro, mas ele gostava de ser chamado de 'Progresso'.
Então, Seu Progresso começa a mudar a cidade, traz indústrias, traz barulho e muda o padrão de comportamento da pequena cidade: os pequenos comércios se tornam grandes empresas, com várias sedes em vários pontos da cidade numa busca constante e crescente por dinheiro.
A praça central tornou-se só mais uma praça, pois a cidade cresceu. Pessoas de foram vinham e colocavam ali seus costumes e tradições, e, aos poucos, a pequena cidade foi se transformando...
Há muito que não passo por lá, recebo essas notícias de amigos de longa data que ainda habitam por aquelas bandas. Uns dizem que foi uma grande melhora, outros, que foi uma perda de valores...
Bem... Eu não sei... Tenho minhas dúvidas...
Aliás, o prefeito organizou um plebiscito: quer mudar o nome da cidade de 'Esparadrapo' para 'Band-Aid'.
'É para trazer mais impacto e modernidade a essa megalópole!', diz um entusiasmado Prefeito...
E as pesquisas ainda indicam que... Bem... Prefiro não opinar, só sei que... Bem, certas horas, acho que simplesmente prefiro não saber..."


Não meus caros. Não é o fim. (Começo? Quem sabe... E quem não sabe...)

Friday, January 25, 2008

Sol menor

Se tocar um ré juntamente de um sol somado a um si bemol, teremos o acorde de sol menor.
Mas antes mesmo de ser um acorde, é um tom. E um tom amplamente usado devemos confessar. Mas... como pode o Brasil pensar em música, quando tem que pensar no que vai dar de comer aos seus filhos, ou pagar dívidas. Se ainda existem tantos problemas...
Não é somente triste pensar nisso, é revoltante! Já disse o filósofo Olavo de Carvalho: "A educação nacional, hoje em dia, só se distingue do crime organizado porque o crime é organizado." E, senhoras e senhores, é uma estúpida realidade.
Falo isso porque o Brasil tem capacidade para ser algo que nem sequer imagina. Vou falar de um campo que eu entendo: música.
Certa feita, conversava eu com um maestro venezuelano e ele me confessou: "O povo brasileiro, realmente tem talento. Aqui, a pessoa ouve a música uma vez e já sai cantando junto no tom certo e fazendo arranjos vocais.". Meus caros, ouvir isso de alguém que está na música desde criança e que já viajou vários países para se especializar é algo bem erspecial.
MPB, chorinhos, sambas e sambas, (saudoso Villa-Lobos...), sabe... no dia em que a música brasileira se tornar uma verdadeira música de expressão, então soará um melodia que não será mais esquecida.
Na atual orquestra, não se consegue serguir tom algum, porque embora muitos tentem ler a partitura, a grande maioria toca o que quer e pior, do jeito que quer! O mais triste é que, ao que tudo indica, o maestro também faz o que quer e do jeito que quer, enquanto deveria colocar ordem e fazer com que todos tocassem juntos. Vez ou outra acontece de alguns membros se juntarem para tocar um trio ou quarteto, aí a harmonia fica bonita!
Porém no meio de toda essa barulheira, onde parece que vai ficar por isso mesmo, há outra personagem: a platéia! Ora, não existe orquestra que não se apresente, ou que não queira ser vista, aliás, muitas vezes, a platéia é quem move a orquestra, em toda sua animação. Porém, se a platéia não liga para a orquestra, poucos músicos se esforçarão para tocar algo de qualidade.
Sim meus caros, cabe a platéia dizer quando a música está desafinada e exigir através de seus mais diversos protestos.
Só mais uma coisa: ré sol si(bemol)...